O PIX estará disponível para a população brasileira a partir de novembro de 2020. De acordo com o Banco Central, pagamentos instantâneos são as transferências monetárias eletrônicas na qual a transmissão da ordem de pagamento e a disponibilidade de fundos para o usuário recebedor ocorre em tempo real e cujo serviço está disponível durante 24 horas por dia, sete dias por semana e em todos os dias no ano. As transferências ocorrem diretamente da conta do usuário pagador para a conta do usuário recebedor, sem a necessidade de intermediários, o que propicia custos de transação menores.
O CSO da Zoop, Alessandro Raposo, explica que o PIX é um novo sistema que permite que pagamentos e transferências aconteçam em poucos segundos. “Diferente do TED (Transferência Eletrônica Disponível) ou DOC (Documento de Ordem de Crédito) que só podem ser compensados em dias úteis, a nova modalidade não possui essa limitação e pode ser feita 24 horas por dia/ sete dias da semana. Além disso, será possível também realizar compras em lojas físicas por meio de QR Code e até fazer saques em estabelecimentos e a solução ainda permite o envio e o recebimento de quantias por diferentes meios, incluindo aplicativos para smartphones”, detalha.
Alessandro Raposo esclarece que o PIX pode ser operado por diversas instituições de pagamento – mesmo as que não possuem autorização do Banco Central -, por instituições menores e fintechs e, com isso, a competitividade do mercado será acirrada.
O CSO da Zoop salienta que existirão diversas formas de utilizar o PIX e muito provavelmente tanto o banco no qual a empresa mantém conta quanto o provedor de serviço de pagamentos também irão oferecer o serviço (são 980 empresas já participando do processo). Entretanto, Alessandro Raposo alerta para a importância de se observar como que a utilização do PIX vai se adequar a rotina de funcionamento do negócio.
“Negócios com maior volume de transações precisam de agilidade para a realização da transação e a forma disso acontecer pode variar drasticamente. Na Zoop, optamos por integrar o PIX as nossas soluções de pagamentos para que nossos clientes possam manter a agilidade sem impacto na rotina do varejo trazendo apenas suas vantagens. Outro ponto para observar é como empresas de solução de automação comercial irão se adequar para esse desafio e como ele poderão apoiar o varejista nesse processo”, considera.
Quanto à segurança, o CSO da Zoop esclarece que sim, o PIX é um processo seguro desenvolvido e coordenado pelo Banco Central e vai permitir que transações sejam feitas em segundos, exceto em transferências de valores muito altos – neste caso as transações passarão por um processo de compliance mais apurado.
No seu funcionamento básico, as transações são similares a uma TED no sentido de ser uma transferência de uma conta para outra, mas há diferenças bem significativas. Além de ser instantâneo e ter o funcionamento 24 horas, há duas característica bem importantes, a primeira é que parte da expectativa de redução de preços vem essencialmente da remoção de intermediários passando o Banco Central a fazer esse papel. A outra é ter múltiplas formas de identificação da conta podendo utilizar CPF/CNPJ, telefone ou e-mail. “Isso será possível a partir do uso do DICT, o diretório de dados criado pelo Banco Central que vai ficar responsável por esse vínculo da conta com outros dados de identificação”, sinaliza.
Previsto para 2022, o PIX poderá ser usado em situações de cobranças, a partir da instituição do sistema de requisição de pagamento que permitirá o envio direto de cobrança.
Alessandro Raposo assinala que o Banco Central anunciou a antecipação do lançamento de parte sistema para 05 de outubro, de forma que os clientes possam já se cadastrar no DICT e assim esperam que a adoção possa ser ainda mais rápida.
“Um ponto-chave que ainda não está bem definido e só saberemos com os movimentos futuros de mercado é o que diz respeito à precificação. Ninguém sabe ao certo quanto vão custar as transações de PIX para o varejista”.
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